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O Indicador Antecedente de Emprego (IAEmp), da Fundação Getulio Vargas, avançou 3,1 pontos, em dezembro, para 107,0 pontos, o maior nível da série iniciada em junho de 2008. Com o resultado, o indicador avançou 17 pontos em 2017 e sinaliza a tendência de recuperação do mercado de trabalho nos primeiros meses de 2018.
Os dados da publicação Indicadores de Mercado de Trabalho foram divulgados hoje (9) pela FGV e revelam, ainda, que o Indicador Coincidente de Desemprego (ICD) avançou pelo segundo mês consecutivo, ao variar 1,7 ponto, para 100,3 pontos em dezembro do ano passado, o maior resultado desde os 100,6 pontos de março de 2017.
“O avanço do IAEmp é uma boa notícia para os 12,5 milhões de desempregados brasileiros que estão em busca de uma oportunidade este ano”, afirma o professor de Economia da IBE-FGV Anderson Pellegrino.
Para ele, os dados refletem a expectativa de recuperação da economia brasileira para os próximos meses. “Mas, apesar da redução da taxa de desemprego, a situação do mercado continua difícil. As contratações ocorrem mais no mercado informal”, explica.
Segundo Pellegrino, a tendência, entretanto, é a de contínua recuperação da economia como um todo, ainda que de modo lento e gradual.
Dados
Os dados dos Indicadores de Mercado de Trabalho de dezembro trazem como destaque o Indicador Antecedente de Emprego e o Indicador Coincidente de Desemprego. Segundo a FGV, a alta do Indicador Antecedente de Emprego em dezembro ocorreu em seis dos sete indicadores que o compõem, com destaque para os que medem a situação dos negócios para os próximos seis meses, na Sondagem da Indústria de Transformação; e a situação dos negócios atual, da Sondagem de Serviços, com variações de 9,1 e 4,4 pontos, na margem, respectivamente.
Assim como no mês passado, as classes de renda que mais contribuíram para a alta do Indicador Coincidente de Desemprego foram as duas mais baixas: consumidores com renda familiar até R$ 2,1 mil, cujo Indicador de Emprego (invertido) variou 9,5 pontos; e a faixa entre R$ 2,1 mil e R$ 4,8 mil com avanço de 1,1 ponto.
O Indicador Antecedente de Emprego, que fechou 2016 em 90 pontos, abriu o ano passado em 95,6 pontos. O indicador, no entanto, só veio a ultrapassar a marca dos 100 pontos em setembro de 2017 quando fechou em 100,6 pontos, mantendo-se desde então acima desta faixa pelo restante do ano: 102,9 pontos em outubro, 103,9 pontos em novembro e 107 pontos no fechamento do ano.
Já o Indicador Coincidente de Desemprego, fechou 2016 em 103,6 pontos; abriu 2017 em 102,3 pontos (queda de um ponto entre dezembro de 2016/janeiro de 2017); e fechou dezembro do ano passado em 100,3 pontos.
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