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Nações que ganharam destaque na pandemia contam com empréstimos e mudanças nos impostos para garantir a recuperação dos estabelecimentos comerciais
Os mais atingidos pelos efeitos da pandemia foram as pequenas empresas. Segundo dados da Serasa Experian, os pedidos de recuperação judicial subiram de 81 para 90 em fevereiro de 2021, um crescimento de 11,1% em comparação ao mesmo mês do ano anterior. O número foi impulsionado pelas micro e pequenas empresas, já que no ano a ano as solicitações de negócios desse porte cresceram cerca de 34%.
O Brasil ainda lançou medidas emergenciais federais e estaduais, que visam cuidar da saúde financeira das PMEs, porém elas não foram suficientes. No início da pandemia, o governo brasileiro alocou R$ 40 bilhões em empréstimos, através do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) – valor destinado, em especial, às pequenas e médias empresas –, porém, como ainda era necessário apresentar garantias de pagamento, grande parte dos empreendedores não conseguiu a comprovação e ficou de fora deste benefício em 2020.
Nos últimos meses do ano passado foram anunciadas duas outras medidas: uma responsável pela criação de um programa de crédito, com linhas para Microempreendedores Individuais (MEIs), micro, pequenas e médias empresas, através das maquininhas de pagamento, com a retenção de parte de cada venda, e o Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda, que possibilita a suspensão do trabalho com parte do salário sendo pago pela União, porém o número de pedidos de falência segue crescendo em 2021.
Austrália
O país número um em combate ao coronavírus e primeiro a erradicar as contaminações também encarou queixas referentes à dificuldade de conseguir empréstimos por falta de capacidade de cumprimento das exigências estabelecidas pelo governo, assim como no Brasil. Por lá, a ajuda ao comércio chegou em maio, e, entre as medidas, estava um empréstimo para financiar o fluxo de caixa das pequenas empresas – o valor máximo era de US$ 10 mil (R$ 52,1 mil), além de mais US$ 1,8 mil (R$ 9,3 mil) por funcionário.
No país a reabertura começou a acontecer em julho. Por isso, mesmo os empresários que não conseguiram o empréstimo não sofreram durante tanto tempo, além de poderem reduzir a jornada de trabalho e o salário, com ajuda de custo governamental.
Reino Unido
O Ministério das Finanças do Reino Unido estabeleceu um pacote de £ 30 bilhões (R$ 202 bilhões) para o comércio no geral, bem como a redução do Imposto por Valor Agregado (IVA) de 20% para 5% ao setor de hospitalidade e alimentação. Além de empréstimos pessoais para favorecer a população comum, os autônomos, assim como no Brasil, também tiveram direito a uma ajuda de custo de £ 2.190 (R$ 14,9 mil) por mês durante três meses.
Itália
No país que foi o epicentro do coronavírus na Europa, a perda de empregos foi grande. Durante os primeiros meses de pandemia, quase 9% da população ficou desempregada. Para se recuperar de tais efeitos, o governo lançou o #CuraItalia, um fundo de 100 bilhões de euros, destinado a alívios fiscais com foco nas empresas com menos de 250 funcionários.
Para garantir um empréstimo de 25% da renda comum até 25 mil euros, a burocracia é menos limitante que a de outros países. Basta o empreendedor declarar que sofreu danos graças à pandemia. Na Itália, também houve o adiamento do prazo de pagamento de impostos em 2020.
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