De acordo com o último Mapa da Inadimplência e Renegociação de Dívidas no Brasil, produzido pela Serasa, em outubro de 2021, o número de brasileiros endividados atingiu 63,4 milhões. Esse foi o maior índice registrado desde julho de 2020 (63,5 milhões).

Talvez, você faça parte desse grupo e tenha decidido arrumar suas finanças em 2022, mas nem todos sabem por onde começar. Por isso, separamos algumas dicas para te ajudar a fazer o planejamento financeiro deste ano e conseguir chegar em dezembro no azul.

1. Organize o orçamento

O primeiro passo é passar a limpo tudo o que você recebe e gasta mensalmente. Considere como renda todo o dinheiro que entra, por menor que seja, como salário, horas extras, valor pela venda de algum objeto usado…

Já no setor dos gastos anote todas as contas, custo de alimentação e educação, despesas médicas, e por aí vai. Não se esqueça de incluir itens-surpresa, como uma ida de emergência ao dentista ou o conserto de um cano quebrado, e de considerar gastos feitos tanto em dinheiro, como nos cartões de crédito e débito.

Após anotar tudo, separe o que for gasto fixo do que for variável.

2. Faça o diagnóstico da sua situação financeira

Depois de visualizar o quanto você recebe e gasta, é necessário entender o que é possível cortar ou economizar. Muitas vezes, só depois de colocar no papel é que conseguimos perceber que algo, à primeira vista essencial, na verdade, é dispensável.

Pegue seu orçamento e defina o que não dá para viver sem (essencial), o que é importante, mas dá para diminuir o gasto ou ficar alguns meses sem (fundamental) e o que é supérfluo. A partir disso, faça os cortes e ajustes necessários no seu dia a dia.

Este também é o momento de anotar suas dívidas e definir seus objetivos financeiros. Algumas pessoas podem só querer terminar o ano no azul, enquanto outras querem se organizar para conseguir viajar com a família. Independentemente de qual for a sua meta, registre o quanto será necessário para realizá-la!

3. Monte um plano para quitar as dívidas

Não adianta criar um planejamento financeiro e ajustar seus gastos sem traçar como encerrar suas dívidas em aberto.

Nesse momento, vale fazer uma consulta do CPF para checar como realmente está a situação. A partir disso, é necessário negociar o débito e definir um valor a ser pago por mês que seja possível, para finalmente se livrar dessa dor de cabeça.

4. Anote todos os gastos

Agora que seu orçamento já está devidamente organizado, as coisas começam a funcionar na prática. Você precisa anotar o valor de absolutamente tudo que comprar no dia a dia. Isso vai desde compras grandes até a balinha depois do almoço.

Essa é a única forma de não ter uma surpresa negativa no fim do mês ao encontrar sua conta no cheque especial ou seu limite do cartão de crédito estourado.

5. Faça uma reserva de emergência

Por fim, um passo que nem todos dão atenção por não acharem necessário ou até por acreditarem que não é possível. É importante guardar um valor todo mês para usar quando aquelas emergências que citamos no início aparecerem. Afinal, não se sabe quando elas irão surgir.

É claro que o valor irá depender da renda de cada um. Há quem consiga guardar 5% do salário e quem pode reservar 40%. Independentemente do valor, guarde todos os meses. Quando a emergência bater em sua porta, você sentirá a diferença que isso faz no seu orçamento.