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Nathalia Arcuri, fundadora da Me Poupe!, levou uma mensagem clara e sem rodeios ao IFood Move nesta quarta-feira, 25: “o crédito pode ser o motor de crescimento que muitos empreendedores buscam, mas também pode se tornar a âncora que afunda uma empresa”, enfatiza. Durante sua palestra, Arcuri alertou empresários do ramo de alimentação sobre os riscos de usar empréstimos sem planejamento adequado, destacando que a falta de estratégia transforma essa ferramenta em um problema, e não em solução.
Pesquisas apontam que mais de 70% das pequenas e médias empresas no Brasil recorrem ao crédito como saída em momentos de crise, mas apenas 20% delas conseguem de fato crescer a partir desse recurso. A razão? Ausência de um planejamento financeiro robusto. Segundo Arcuri, o crédito só deve ser usado quando o empresário tem clareza de como o valor será investido, de que forma gerará mais receita e, principalmente, de como o retorno será maior que o valor tomado.
“Recorrer a empréstimos como uma tábua de salvação é um dos erros mais comuns, mas também um dos mais perigosos”, acrescenta. Quando o crédito é mal utilizado, ele vira uma bola de neve: em vez de resolver problemas, ele cria novos. Arcuri exemplificou que a melhor forma de usar o crédito é calculando o impacto do investimento no negócio, garantindo que o lucro obtido com esse recurso pague as parcelas e ainda amplie os resultados, algo que poucos empreendedores fazem.
Estudos do Sebrae mostram que 38% das empresas que fecham as portas no Brasil citaram problemas com dívidas e má gestão financeira como a principal causa do fracasso. Arcuri reforçou que não se trata de medo do crédito, mas de usá-lo de forma estratégica. “Quem planeja, investe com inteligência e vê o empréstimo como um trampolim, consegue transformar o negócio. Quem age por impulso, sem um racional econômico forte, coloca tudo a perder”, esclarece Nathalia.
Ao fim, Nathalia deixou um recado: “o crédito deve ser encarado como uma ferramenta de alavancagem, usada com precisão. Sem um planejamento que projete o retorno sobre o investimento e o impacto positivo no fluxo de caixa, o que parecia uma solução pode se tornar o fator que afundará a empresa”, finaliza.
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