Período: Dezembro/2024 | ||||||
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Olá, tudo bem?
A economia brasileira cresceu 0,9% no terceiro trimestre de 2024, na comparação com o segundo trimestre, segundo dados divulgados nesta terça-feira (3/12) pelo IBGE. O crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro se iguala ao da China no período e só fica atrás de Indonésia e México entre os países do G20 (grupo que reúne as maiores economias do mundo).
Dito isso, está no seu radar falar sobre o tema? Coloco à disposição, Raul Sena, educador financeiro e fundador da AUVP Capital - cosultoria de investientos, para falar sobre o assunto. Abaixo envio uma visão de Raul sobre o atual momento do pais como o crescimento pode influenciar no cenário internacional para o Brasil e tendência de queda no câmbio, principalmente no dólar, etc.
O índice de hoje mostra um Brasil com potencial para crescer, mas ainda amarrado a problemas estruturais que só reformas sérias podem resolver. Apesar do crescimento do PIB demonstrar resiliência no setor produtivo, o país segue enfrentando obstáculos como burocracia, uma carga tributária excessiva e um governo que, muitas vezes, atrapalha mais do que ajuda.
O consumo das famílias e os investimentos são os pilares que têm sustentado o crescimento. No entanto, para atingir um avanço significativo, é essencial que o Estado reduza sua interferência e permita que o mercado opere de forma mais livre. Isso requer a simplificação de impostos, a redução do excesso de regulamentações e a diminuição do tamanho do governo.
Com a inflação em alta, o Banco Central foi obrigado a aumentar os juros. Embora essa seja uma solução de curto prazo, ela reflete uma incapacidade do governo de controlar os gastos públicos. Sem reformas profundas na máquina pública e uma gestão fiscal responsável, a economia continuará andando em círculos.
O futuro dependerá da coragem do governo para cortar privilégios, respeitar o teto de gastos e criar um ambiente que transmita segurança e competitividade para investidores e empreendedores. Estamos em um momento crucial: ou escolhemos o caminho da liberdade econômica e do crescimento sustentável, ou ficamos presos ao populismo e à intervenção estatal que só prejudicam quem trabalha e produz.
Com um dos melhores desempenhos do G20, o crescimento do PIB fortalece a posição do Brasil no cenário internacional. Isso atrai mais investimentos estrangeiros, aumenta a credibilidade do país e abre portas para maior acesso a mercados globais. Além disso, pode impulsionar acordos comerciais estratégicos. No entanto, para que isso seja sustentável, o Brasil precisa manter o foco em reformas estruturais e na consolidação de uma agenda econômica sólida. Caso contrário, será apenas mais um "voo de galinha".
O comportamento do dólar não é uma ciência exata. Não é possível afirmar com certeza que o câmbio vai subir ou cair com base apenas no crescimento do PIB. A cotação do dólar é influenciada por diversos fatores externos, como a taxa de juros americana, que atualmente mantém o dólar forte, e por questões internas, como o descontrole fiscal no Brasil. Estamos em um momento delicado. A tendência do câmbio dependerá diretamente de como o governo abordará a questão dos gastos públicos descontrolados. Sem responsabilidade fiscal e um compromisso claro com a estabilidade econômica, o câmbio continuará imprevisível.
Sobre Raul Sena
Especialista em investimentos há mais de uma década e fundador do Investidor Sardinha, um dos maiores canais de investimentos do Brasil, alcançando mensalmente mais de 4 milhões de usuários em suas plataformas, Raul Sena é também um empreendedor serial. O empresário fundou empresas de diversos setores, entre elas o Banco AUVP, o sexshop Vibrio, o Grupo Bolha – dos portais Área de Mulher, Segredos do Mundo e Conhecimento Científico -, e a Holding Supernova. Raul foi reconhecido, por duas vezes, pela pesquisa Anbima (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais), como o educador financeiro que mais cresce no país.
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Atualizado em: 26/12/2024 16:55 |