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Copom decide ritmo de alta dos juros básicos

A semana é decisiva na definição dos juros básicos da economia como forma de controle do surto de inflação. Amanhã e quarta-feira, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central se reúne para decidir se será mantido o ritmo de alta de 0,75 ponto percentual na Taxa Selic, que está fixada em 13% ao ano. Entre as informações a serem analisadas pelos diretores do BC constam a perda de fôlego da inflação em agosto, o recorde no uso da capacidade instalada nas indústrias em julho e a maior volatilidade no mercado financeiro mundial. Outra informação relevante para o Copom será a pesquisa Focus, a ser divulgada hoje, e que traz as expectativas do mercado para a inflação em 2008 e em 2009. As previsões para a variação de preço este ano haviam melhorado, para o ano que vem, contudo, ainda se mostravam acima do centro da meta oficial de 4,5%. Nesta semana, os diretores do BC voltam a monitorar a pesquisa para detectar se os agentes projetam menor pressão de preços para o próximo ano. Cabe notar que a decisão referente ao aperto de juros desta semana gerará impactos na economia em 2009 e não mais em 2008. Não menos importante, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apresenta na quarta-feira o desempenho da economia no segundo trimestre, com dados sobre expansão do Produto Interno Bruto (PIB), nível de investimento e consumo das famílias. Indicadores antecedentes mostram que entre abril e junho a economia brasileira pode ter mantido ritmo de expansão superior a 5%, mesmo em um contexto de tentativa do Copom de esfriar as atividades para conter a demanda e o repique dos preços. Em agosto, o IPCA, o indicador oficial da inflação, fechou em 0,28%, percentual bem menor que os 0,53% registrados em julho. A perda de fôlego foi um alívio, mas pode, na avaliação do Banco Central, não representar uma trégua definitiva na pressão por reajustes. No acumulado dos 12 meses encerrados em agosto, o IPCA ficou em 6,17%. O uso recorde da capacidade instalada, que bateu em 83,5% em julho, preocupa pelo risco de encarecimento dos produtos. Também estará sob análise o crescimento das grandes economias e o efeito disso nas cotações das commodites e na economia brasileira.

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