Do total que cada consumidor gasta com o celular, seja a conta pós-paga, sejam os cartões pré-pagos, 42% é devorado pelo Leão através de tributos. É o que afirma o diretor da empresa de consultoria em telecomunicações Teleco, José Luis de Souza.
No estado paulista, por exemplo, só de ICMS (Imposto sobre Mercadorias e Prestação de Serviços), o consumidor paga 25% do total que gasta com serviços celulares.
Outro dado divulgado por Souza na última quinta (13), em evento promovido pela The Nielsen Company, é que o setor de telefonia móvel representa anualmente 6% do PIB (Produto Interno Bruto).
Paulistanos pagam mais
O diretor ainda destaca que São Paulo é o local onde os serviços celulares são os mais caros do Brasil, quadro esse que tende a se reverter.
Isso porque a capital paulista é a primeira cidade a possuir cinco operadoras competindo pela opção do cliente, fato que se consolidou com a entrada das empresas Aeiou e Oi no mercado.
Entretanto, ele explica que, embora as vendas natalinas prometam ser recheadas de ofertas "contundentes" e "violentas", a grande baixa dos custos só virá mais tarde.
Aparelhos
Embora a quantidade de impostos cobrados sobre os serviços celulares seja quase a metade dos custos do consumidor e São Paulo se destaque entre as cidades com serviços mais caros, o Brasil figura como o quinto país com maior quantidade de aparelhos.
De acordo com o diretor da Teleco, o país contabilizou 121 milhões de celulares em 2007, ficando atrás apenas da China (547 milhões), EUA (255 milhões), Índia (234 milhões) e Rússia (170 milhões).
Para se ter uma idéia, a projeção de crescimento para 2008 é de 30 milhões de clientes, curva essa que vem em uma alta desde 2002. Só em dezembro, a expectativa é que haja um aumento de 4,7 milhões.