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Adriana David
Pesquisa da Associação Comercial de São Paulo (ACSP)/ IPSOS mostra que a confiança do brasileiro cresceu pelo quarto mês consecutivo. O estudo foi realizado em julho . O presidente da ACSP, Alencar Burti, disse que "o crescimento do índice mostra uma verdadeira recuperação da confiança do consumidor puxada por dois elementos básicos que estavam em falta – a confiança e o crédito". "Agora, a confiança retorna e o crédito volta a irrigar a economia e as perspectivas para o segundo semestre, que já eram boas, estão se confirmando pelas pesquisas", completou.
O Índice Nacional de Confiança ACSP/IPSOS do mês passado registrou 126 pontos, diante de 123 em junho. O índice era de 138 pontos em julho de 2008. "Há tendência de a confiança voltar ao mesmo ritmo de julho do ano passado, mas somente no fim de 2009", afirma o economista Emílio Alfieri, da ACSP.
Segundo a pesquisa, a classe social C é a mais otimista, com 132 pontos, seguida das classes A/B, com 127 pontos e as classes D/E, com 117. O estudo também mostra que o número de trabalhadores confiantes no emprego está aumentando. Entre os entrevistados, 38% sentem-se seguros em relação ao emprego. No mês anterior, o percentual era de 33%. Outros 29% apresentam menos segurança no emprego, abaixo dos 32% de junho. O número de pessoas conhecidas que perderam o emprego manteve-se em 4,5 em julho, como no mês anterior. Em julho de 2008, a média era de 3,7 pessoas.
Na opinião dos entrevistados, as chances de perderem emprego nos próximos seis meses são maiores para 21% deles, diante de 27% em junho. Para 32% deles, as chances são menores. O percentual de junho era de 31%. Segundo Emílio Alfieri, isso indica a possibilidade da volta do consumidor ao mercado de compras a prazo. "O consumidor tem a percepção de que quem não perdeu emprego até agora, não vai perdê-lo nos próximos seis meses", diz.
O número de pessoas favoráveis a compras de eletrodomésticos aumentou. Em julho, 42% dos entrevistados se sentem mais à vontade para comprar itens como geladeira e fogão. Em junho, esse percentual era de 38%.
O valor médio das prestações foi de R$ 70 em julho ante R$ 85 em junho, o que mostra que o brasileiro ainda está cauteloso, segundo Alfieri.
Na opinião de 39% dos entrevistados, a situação econômica de sua região tende a ficar mais forte no futuro. E para 12%, mais fraca. Em relação à situação financeira pessoal, 56% dos entrevistados acreditam que ela tende a melhorar nos próximos seis meses.
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