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O brasileiro não tem mais medo de perder o emprego, mas também não acredita que vai melhorar no que já tem. É o que mostra a pesquisa Índice de Expectativas das Famílias, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), divulgada ontem. Segundo o levantamento, 78,6% dos pesquisados estão mais seguros em relação à manutenção do emprego.
Mas apenas 38,3% acreditam que vão melhorar no trabalho nos próximos 12 meses. "Esse quadro de fevereiro nos deixa em dúvida se é uma acomodação em relação à alta que vinha sendo observada desde setembro do ano passado ou se indica uma trajetória de queda da confiança", disse o presidente do Ipea, Marcio Pochmann.
Os brasileiros estavam mais otimistas em relação à situação socioeconômica do país em fevereiro deste ano, com 67,2 pontos, na comparação com fevereiro do ano passado, 65,3 pontos. Mas, em relação a janeiro deste ano, o otimismo caiu 1,8 ponto.
A maior parte dos entrevistados, 63,2%, acredita que a economia vai melhorar nos próximos 12 meses, e 85,8% acreditam que a situação vai melhorar neste ano. "Estou mais segura em relação ao meu emprego, depois que coloquei mais de 40 pessoas no mercado", comenta a professora de cursos para hotelaria na ONG Associação Mineira de Ensino Continuado, Carmen Maia, 48. Ela diz que essa é a fase mais otimista da vida profissional dela, que ministra cursos para camareiras e garçons.
Melhor momento. A assistente social Jussara Vieira, 41, está confiante que será promovida. "Com a minha idade, experiência profissional e qualificação, sinto-me mais segura no emprego", disse Jussara, que também dá aulas em uma universidade. "O momento é um dos melhores", classificou ela, que já teve seis empregos com carteira assinada.
Rio de Janeiro. O número de consumidores que procuraram ofertas de crédito em fevereiro deste ano caiu 8,7% em relação ao total de janeiro, segundo dados do instituto Serasa Experian divulgados ontem. O índice teve a segunda queda mensal consecutiva, considerando que o decréscimo do primeiro mês do ano foi de 8,2%. Em comparação com fevereiro de 2011, a queda é mais acentuada, registrando um decréscimo de 13,3%.
A diminuição da demanda está relacionada ao aumento da inadimplência, segundo economistas do instituto.
Os consumidores de menor poder aquisitivo foram os que mais deixaram de procurar o crédito, com quedas de 8,8% para aqueles com renda mensal abaixo de R$ 500 e 8,9% para aqueles que ganham entre R$ 500 e R$ 1.000. Todas as regiões do Brasil registraram queda no indicador, com destaque para as regiões Sul e Sudeste, cuja retração foi de 9,2% e 9,4% respectivamente.
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