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As empresas estão se esforçando cada vez mais para atrair talentos diversos. Para 69% das lideranças de RH no mundo, a prioridade na gestão de pessoas daqui para frente é investir em políticas de diversidade, equidade e inclusão (DEI). No Brasil, esse índice ficou acima da média global com 74% afirmando que as práticas de DEI são os principais pilares de gestão de pessoas e suas companhias.
Para assegurar essa igualdade, segundo a pesquisa, 57% das empresas brasileiras têm práticas de um padrão mínimo de benefícios para todos os trabalhadores, independentemente do nível e função na companhia. Outras 45% afirmaram que têm planos definidos, transparentes e mensuráveis para aumentar a diversidade, equidade e inclusão.
A constatação está na pesquisa internacional People Risk da consultoria Mercer Marsh Benefícios, concluída após entrevistas com 2.594 diretores e gestores de RH de 25 países da América Latina, Ásia, Europa, Oriente Médio e África, América do Norte, Pacífico e Reino Unido, durante o primeiro semestre deste ano. As entrevistas foram realizadas com mais de 100 lideranças de RH em cada país, incluido o Brasil.
“As pessoas estão optando por trabalhar para empresas com um forte foco em DEI. Não adotar essas práticas pode levar à drenagem de talentos. É importante aplicar os pilares ESG com uma visão holística diante dos benefícios do colaborador e das condições de trabalho para impulsionar ambientes sustentáveis”, afirma Marcelo Borges, diretor executivo da Mercer Marsh Benefícios.
Atrair e reter os melhores profissionais
A briga por talentos é outra preocupação das organizações. Para 77%, essa é uma agenda prioritária na gestão de pessoas para atrair e reter os melhores profissionais. Para conter a fuga de profissionais qualificados, 55% implantaram mais estratégias de treinamento, comunicação e engajamento sobre propósito, cultura, valores e ética da empresa.
Outros 49% gestores de RH criaram medidas de requalificação para todos os colaboradores e 48% vão continuar com modelos de trabalho remoto, híbrido e outras flexibilidades. “Ouvir o que os colaboradores mais valorizam pode aumentar a capacidade de reter talentos existentes. Os empregadores devem buscar a transformação na empresa e no RH igualmente, assim como as expectativas e implicações referentes à flexibilidade”, diz.
Saúde, bem-estar e qualidade de vida
Manter os funcionários seguros e saudáveis também se tornou ainda mais importante para as companhias depois dos efeitos sem precedentes da pandemia (Covid-19). O risco de novas pandemias e outras doenças infeccionas ainda assombra as empresas. Tanto que, no Brasil, 77% das lideranças de RH afirmaram que definiram papéis e responsabilidades em suas organizações para administrar totalmente esses riscos, que podem impactar a saúde e o bem-estar dos funcionários.
Além disso, 78% passaram a conscientizar mais os trabalhadores sobre pandemias e doenças contagiosas. Outras 54% estabeleceram medidas para certificar que as assistências médicas estão acessíveis para todos.
Ainda no campo da saúde e bem-estar, outro tema que chama atenção na pesquisa, segundo Borges, é o olhar mais atento dos executivos de RH para as questões relacionadas à exaustão da força de trabalho, com 76% trazendo mais o tema nas estratégias de gestão de pessoas.
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Atualizado em: 27/11/2024 11:33 |