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O dólar abriu em baixa nesta quarta-feira (29), com os investidores atentos, principalmente, às reuniões do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil (BC) e do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos).
Nesta "Superquarta" — as quartas-feiras em que ocorrem, simultaneamente, reuniões dos bancos centrais dos dois países —, o mercado espera ver uma elevação na Selic, taxa básica de juros do Brasil, enquanto, nos Estados Unidos, a expectativa é de que as taxas permaneçam inalteradas.
No cenário corporativo, o setor de tecnologia segue no centro das atenções. Nesta quarta, as gigantes americanas Microsoft, Meta (dona do Facebook e Instagram) e Tesla divulgam seus resultados financeiros referentes ao último trimestre de 2024.
Às 09h02, o dólar caía 0,12%, cotado a R$ 5,8621. Veja mais cotações.
No dia anterior, a moeda norte-americana fechou em queda de 0,73%, cotada a R$ 5,8690, renovando o menor patamar desde novembro.
Com o resultado, acumulou:
O Ibovespa começa a operar às 10h.
Na véspera, o índice fechou em baixa de 0,65%, aos 124.056 pontos.
Com o resultado, acumulou:
Investidores seguem na expectativa por novos anúncios de juros tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos.
Por aqui, a expectativa dos economistas é que o Copom faça um aumento de 1 ponto percentual na Selic, que pode chegar ao patamar de 13,25% ao ano. O colegiado também já havia sinalizado uma nova alta da taxa básica em março, o que levaria os juros a 14,25% ao ano.
Com isso, há, também, grande expectativa pelo comunicado do comitê após a reunião. O documento costuma trazer sinalizações sobre quais serão os próximos passos do BC em relação aos juros e o que está no radar dos dirigentes.
Juros maiores no país elevam a rentabilidade dos títulos públicos e tendem a atrair mais investidores, o que pode gerar mais entrada de dólar no Brasil e reduzir a pressão sobre o real.
O Boletim Focus, relatório do BC que reúne as projeções de economistas do mercado financeiro para os principais indicadores econômicos do país, mostram que o mercado prevê a taxa Selic a 15% ao ano até o fim de 2025.
Os juros altos são esperados porque o Brasil vive um período de alta na inflação, com o mercado esperando maior pressão sobre os preços neste ano. Na edição desta semana do Boletim Focus, as projeções para a inflação saltaram de 5,08% para 5,50%. A meta de inflação para 2025 é de 3,0% e será considerada cumprida se permanecer em um intervalo entre 1,5% e 4,5%.
Já nos EUA, a expectativa é que o Fed mantenha suas taxas inalteradas entre 4,25% e 4,50% ao ano, à espera de novos indicadores econômicos que mostrem como anda a economia do país.
A chegada de Donald Trump ao poder pode gerar uma maior pressão inflacionária, caso o presidente cumpra suas promessas de aumentar as tarifas de produtos importados. Isso aumentaria os preços para os consumidores americanos e pressionaria o Fed por uma política monetária mais firme, com juros altos para conter o avanço dos preços.
Os próximos dias também contam com a divulgação de novos dados de emprego no Brasil e nos EUA, números da atividade econômica nos EUA e na Europa e decisão sobre juros na zona do euro.
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Atualizado em: 30/01/2025 11:14 |